Acupuntura é um método de tratamento chamado complementar de acordo com a nova terminologia da OMS - Organização Mundial da Saúde.
Atribui-se o nome Acupuntura, a um jesuíta europeu que retornando da China, no século XVII, adaptou os termos chineses Zhen Jiu, juntando as palavras latinas Acum (que significa agulha) e Punctum (picada ou punção).
A tradução literal, no entanto, é bem diferente. O correto seria Zhen (agulha) e Jiu (moxa).
A moxa ou mogusa (termo de origem japonesa) é confeccionada com as folhas secas da planta Artemisia sinensis, usada na moxibustão. Assim como a ação da agulha pode interferir na energia do meridiano, a queima da moxa sobre a pele pode conduzir resultados perceptíveis sobre a energia nos meridianos.
É, na verdade, uma tradução imprópria que causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. Os pontos e meridianos também podem ser estimulados por outros tipos de energias.
Pesquisadores discutem sobre elementos que poderiam alterar a energia nos meridianos, assim como debatem até a onde pode chegar a ação destes mesmos estímulos.
Para a visão geral ocidental, os mecanismos utilizados pela prática acupunturista ainda não estão satisfatóriamente explicados.
Na tentativa de satisfazer alguns conceitos acadêmicos, a acupuntura na linguagem ocidental é um método de estimulação neurológica, com efeitos sobre neurotransmissores, neuromoduladores e reação do sistema imunitário (pró e anti-inflamatória).
Históricamente, a primeira propriedade da acupuntura que foi capaz de chamar a atenção acadêmica, foi justamente no domínio da dor. Esquemas foram levantados para associar liberações de endorfinas causadas por estímulos de agulhas sobre nervos específicos.
Durante algum tempo, muitos pesquisadores duvidam da aplicação da acupuntura fora do tratamento da dor e nas funções do sistema nervoso autônomo. Os mecanismos da terapeutica da acupuntura, ainda não estão claramente associado aos mecanismos fisiológicos sob os domínios da ciencia atual.
Bem diferente é a explicação que podemos colher no berço da acupuntura, a milenária China.
A visão tradicional da medicina chinesa está profundamente ligada a teorias baseadas no Taoísmo, sobre energias conhecidas pela dualidade Yin/Yang, sobre meridianos e outros conceitos bastante "exóticos" para a ciência médica ocidental. Contudo contribuições da Antropologia, mais específicamente da Antropologia Médica, vem facilitando a interpretação destes à luz da interpretação lógica das explicações mítico-religiosas compreendidas como sistemas etnomédicos capazes de dar respostas às demandas por cuidados de saúde de uma determinada população.
O Yin e o Yang são aspectos opostos de uma mesma energia. No corpo do homem existe um equilíbrio energético que pode ser alterado por diversos tipos de influências, como alimentar, comportamental e muitas outras.
A energia deve percorrer os meridianos e sua falta ou seu excesso podem ser reequilibrados através da manipulação de pontos determinados dos meridianos.
Existem muitas formas de diagnóstico na medicina tradicional chinesa. Algumas delas são a pulsação, a observação e aspectos da língua, a cor e aspectos da pele, <...> Um médico chinês costuma dizer que não se deve olhar apenas o paciente, mas escutá-lo, tocá-lo, cheirá-lo, provar sua urina e conhecer as suas fezes.
Exageros a parte, uma consulta baseada no modelo tradicional chinês pode levar de vários minutos a algumas horas. O terapeuta questiona vários aspectos da vida (incluindo sobre a infância e expressão das emoções), da alimentação e costumes.
A natureza das explicações tradicionais da medicina chinesa não tornam essa prática essencialmente distinta de outros sistemas etno - médicos, exceto porém por sua notável semelhança com a medicina hipocrática - a quem se atribui a origem da moderna medicina cosmopolita. O estudo de sua história revela seu rompimento com algumas tradições "mágicas" e incorporação do conhecimento empírico proveniente de cuidadosas observações, consolidado no que vem sendo chamado do paradigma do Yin - Yang e dos 5 elementos descrito nos livros clássicos para os orientais ou documentos etnológicos brutos para a antropologia estrutural. Entre os livros clássicos o mais conhecido é, sem dúvida o "Livro do Imperador Amarelo" cujo exemplar mais antigo foi encontrado em um túmulo da dinastia Han (Fu Weikang).
Fonte: Wikipédia- a Enciclopédia Livre
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
Acupuntura-funciona mesmo!!!!
Postado por Maitê Sandoval as 19:03
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário