Porto Brasil (Peruibe-SP)

Corre em "silêncio" uma mega obra faraonica!!

Nunca vi uma reportagem a respeito na TV ou Rádio, apenas matérias na internet, que sabemos não atingir (infelizmente) uma parcela representativa da população.

O "Porto Brasil" que pretende ser o maior da américa latina à 70 km do porto de Santos. Será erguido pelo empresário Eike Batista, do Grupo EBX, em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo.

Essa obra será desenvolvida à "beira" da Reserva ecológica da Juréia, com sérios riscos de desastres ambientais para a região. Mudará toda a dinâmica sócio-econômica do sul da Baixada santista, aumentando e muito a expeculação imobiliária. Será alocada em área de reserva indígena. A região não apresenta características físicas adequadas para instalação de um porto dessa magnitude, já que será necessário construir até mesmo uma ilha artificial na área! Com certeza, a área representa um refúgio de restinga preservada na região.

Muitas outras importantes questões podem ser levantadas e discutidas antes da real implantação da obra, uma pena que já tenha obtido a Licença Prévia, e como a história dita, só um milagre poderá barrar uma obra de gigantesco tamanho, onde tantos interesses econômicos entram em jogo.

Só para se ter uma idéia, esse homem (Eike Batista) entrou este ano na lista das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna de US$ 6,6 bilhões, ocupando a 142ª colocação (revista "Forbes"). O indivíduo, além disso, é o mais rico do mundo no setor de mineração. Complicado não?

A seguir algumas informações sobre a obra:

Terá capacidade para movimentar cerca de 50 milhões de toneladas de vários produtos por ano, ou seja, cerca de 60% do volume projetado para o Porto de Santos – o maior da América do Sul – em 2007.

Avaliadas entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, as obras do empreendimento devem começar em dois anos.

O projeto está previsto para ser implantado em uma área de 53 milhões de metros quadrados, nas proximidades da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega.

O porto do Litoral Sul terá uma ilha artificial, de 500 mil metros quadrados, e uma área de 6 milhões de metros quadrados, que serão conectadas por uma larga ponte com quatro pistas, divididas para os dois sentidos de fluxo.

Atrás da região portuária haverá um condomínio industrial com 13 milhões de metros quadrados. As áreas destinadas às fábricas serão arrendadas pela EBX, que irá gerenciar a estrutura comum do condomínio, além de operar a Zona Portuária. “A gente se baseou muito nos projetos das indústrias alfandegadas e da Lei do Porto-Indústria. A LLX vai entregar a energia, a água, as ruas. Já as indústrias vão fazer sua própria estrutura”, disse Antunes.

O novo complexo movimentará principalmente granéis e contêineres. De acordo com estimativas de Antunes, a expectativa é operar 20 milhões de toneladas de grãos, 15 milhões de toneladas de minério de ferro, 4 milhões de toneladas de fertilizantes, 10 milhões de metros cúbicos de granéis líquidos - basicamente etanol - e 4 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).

Estudos ambientais

A idéia é concluir os estudos ambientais já contratados da obra até o final de 2009. Essa primeira etapa do empreendimento englobará a implantação do porto e da ilha, com seus primeiros sete berços de atracação.

O projeto prevê a construção de mais quatro locais para a escala dos navios. Todos os pontos terão 18,5 metros de profundidade, permitindo a vinda dos maiores cargueiros em operação no mundo. “Um ano e meio depois, o complexo estará totalmente pronto”, concluiu o presidente da LLX.

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