quarta-feira, 26 de julho de 2006

amarguras da eleição

To de saco cheio.
Todo dia tem pesquisa nova sobre os candidatos a eleição, muita gente deve ganhar dinheiro com isso... Em ano de eleição, comenta-se muito sobre o ato nobre de votar, de exercer a cidadania, sobre a oportunidade do sujeito influenciar e atuar nas deliberações coletivas e na história de seu país. Nos primeiros meses do ano, época em que se encerrou o prazo para tirar título de eleitor (03 de maio), foram produzidos alguns comerciais incentivando os jovens entre 16 e 18 anos, época em que o voto é facultativo, a tirarem seu título de eleitor. O voto é bom e uma conquista importante de nosso povo, garantida na constituição federal, isso não se discute. Só que me sobram algumas inquietações:

Porque nos resultados das pesquisas eleitorais os votos brancos e nulos saem somados juntos?? São a mesma coisa? Muitos devem pensar que sim, pois são feitas por instituições sérias e divulgadas no Jornal Nacional...
será um mero descuido desses “datafolhas” da vida? Aliás, porque não existe tecla de “NULO” na urna eletrônica mas existe a de “BRANCO”? Dessa vez o descuido fica por conta do Supremo Tribunal Eleitoral...?...?...
também nunca vi uma campanha informativa sobre esses tipos de votos...
Eu pensava que se votasse em BRANCO, meu voto, no final das contas iria para o candidato ou partido com maior números de votos, portanto estaria dizendo ao nosso povo: “tanto faz, são todos iguais, votei porque fui obrigado, sei lá, não to nem aí...”. Por outro lado, achava que se votasse NULO minha mensagem seria: “não concordo com nenuhm desses candidatos, não aceito seu histórico de vida política, suas propostas e gostaria que implantasse outro sistema de governo ou ainda se realizasse novas eleições com novos candidatos...”
Devo estar enganado!!!
Porque o tempo dos políticos na TV é diferente? No programa roda viva o Candidato Cristovam Buarque disse que se tivesse mais tempo não teria dinheiro para a propaganda. Será que ele prefere assim?
Aíás, esse ano serão 20 bilhões de reais de gastos declarados nas campanha de cerca de vinte mil candidatos em todo o país? Que tristeza...acho que não preciso nem comentar.
E o nível de escolaridade dos candidatos? tem "uns nego lá que só sabe lê e escrevê" e metade dos candidatos a deputado só possuem segundo grau de escolaridade. Acho ensino médio muito pouco e até contraditório, ainda mais nesse país onde a educação superior virou comércio, é tratada como negócio e os responsáveis por isso possuem grande poder no Congresso. O vossa excelência, tá na hora de comprar uns diplomas aí!!
O pior de tudo isso é ver que a maioria dos envolvidos em tantas SANGUESSUGAS são tão deslavados ao ponto de se candidatarem novamente.
O Brasil é o país do amanhã mesmo, porque se fosse de hoje não suportaria esse tipo de coisas. E o povo, de certa forma, tem o governo que merece, quem não crê, é só ver os EUA
O mais triste é ver a galera até das facul por aí achando que política e político são a mesma coisa. Pior, são a mesma coisa ruim, sem sentido e totalmente distanciada da vida pessoal de cada um. Não sacam que a política está nas coisas mais simples e cotidianas, nos problemas e soluções de nossas ruas, de nossos bairros, de nossa cidade...
Putz!!, me esqueço!! Que bairro! Que cidade! Nem sei o nome do meu vizinho, e deixa eu dormir logo porque já está tarde e esse papo cabeça não vai pôr meu prato na mesa amanhã.

2 comentários:

João Giovanelli disse...

Estive pensando também em outra coisa estranha sobre as pesquisas eleitorais, você percebeu que eles falam sobre a porcentagem de votos dos canditados como fosse uma coisa estática. Temos que lembrar que pesquisas eleitorais são inferências estatísticas, mas cadê o desvio padrão? Será que há diferença estatística de um candidato com 30% e outro 34%? Não sei, eles não mostram o desvio, quando mostram falam rapidamente do desvio médio no final da matéria, ou sei lá, pontos percentuais para cima e para baixo. E assim também vai a cabeça do povo.

Fabricio P. Cunha disse...

Pois é Jão!!!
muito bem lembrado. Na maioria das vezes eles não comentam nada sobre o desvio padrão das pesquisas. De vez em nunca houve-se falar que os votos podem variar 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.