quarta-feira, 12 de julho de 2006

Ei Africano, cuidado com seu bilau!

Tudo que é obrigatório é uma merda!!!
temos que tomar cuidado com a forma que utilizamos a ciência...
Cortar dos outros é fácil...como maior exmplo, para prevenção, os pesquisadores deveriam cortar o próprio bilau!!

Corte no risco da Aids
12/07/2006 Agência FAPESP - Circuncisão como alternativa para evitar mortes por Aids. Um grupo internacional de pesquisadores acaba de publicar um estudo em que estima o impacto do procedimento na redução dos casos de homens infectados na África.
De acordo com o trabalho, publicado como artigo na PLoS Medicine de julho, se todos os homens na África subsaariana forem circuncidados nos próximos dez anos, cerca de 2 milhões de novas infecções e 300 mil mortes poderiam ser evitadas. Após 20 anos, os pesquisadores calculam que o total de vidas salvas possa ser superior a 2,7 milhões.
O artigo tem como primeiro autor Brian Williams, da Organização Mundial da Saúde (OMS), na Suíça, e usa dados obtidos de outra pesquisa feita pelo mesmo grupo na África do Sul e divulgada no ano passado. O estudo havia estimado que a circuncisão contribui para reduzir a transmissão do vírus HIV de mulheres para homens por contato sexual em 60%.
“A circuncisão é equivalente a uma intervenção, como vacina ou aumento no uso de preservativos”, escreveram os pesquisadores. A circuncisão é a retirada cirúrgica do prepúcio por razões higiênicas ou religiosas. Na África, tem sido praticada há séculos por diversos grupos étnicos africanos.
Apesar de a pele externa do prepúcio servir como proteção, a pele interna se desloca durante o ato sexual e entra em contato direto com a mucosa vaginal. Essa área contém grande quantidade de células que são mais facilmente infectadas pelo HIV. Além disso, no homem não circuncidado, o frênulo (ou freio), que é altamente vascularizado, representa uma área particularmente suscetível a lesões e, conseqüentemente, a infecções.
Segundo os pesquisadores, países do continente africano como Somália e Costa do Marfim, onde a circuncisão é mais comum, têm menores taxas de infecção pelo HIV. Em locais onde menos homens são circuncidados, como a África do Sul, as taxas são maiores.
A OMS aguarda resultados de dois outros levantamentos, que serão feitos pelo mesmo grupo no ano que vem, no Quênia e em Uganda, para decidir se passa a promover ativamente a circuncisão como estratégia de prevenção da Aids. Para os pesquisadores, parece não haver mais dúvidas. “Essa nova análise deixa claro que a circuncisão masculina teria um impacto imediato na transmissão do HIV”, afirmaram.
O artigo The potential impact of male circumcision on HIV in Sub-Saharan Africa, de Brian G. Williams e colegas, poderá ser lido gratuitamente pela internet na edição de julho da PLoS Medicine, disponível em breve no endereço
www.plosmedicine.org .

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